tag:blogger.com,1999:blog-13334819714586106992024-03-13T03:50:19.299-07:00Jeans and Combat BootsÀs vezes, um desabafo espanta seus monstros...Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.comBlogger103125tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-51168171864685062302018-10-19T11:58:00.000-07:002018-10-19T11:58:54.870-07:00Chuva Rubra<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-MsKq5r4CG1w/W8oopJbRLzI/AAAAAAAAB6Y/Uid5bu_p8AQ6vEG4Pi6qB5pOGqZepdrUQCLcBGAs/s1600/14719116_1749141268671261_3629368796730359808_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-MsKq5r4CG1w/W8oopJbRLzI/AAAAAAAAB6Y/Uid5bu_p8AQ6vEG4Pi6qB5pOGqZepdrUQCLcBGAs/s400/14719116_1749141268671261_3629368796730359808_n.jpg" width="400" height="400" data-original-width="680" data-original-height="680" /></a></div>
Vermelho.
Como todo o ódio que sinto.
Borbulhando.
Fervendo em minhas veias, derretendo minha pele.
Queimando.
Com todas as palavras e pensamentos gastos em vão.
Eu tentei.
Não ceder, tentei ser como o que esperavam de mim, mas essa não é a minha natureza!
E eu não esperava que isso acontecesse.
Farta.
De tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo.
De tantas cores ao mesmo tempo explodindo em minha face!
Eu só quero o vermelho.
Quero banhar-me no sangue das virgens.
Quero embebedar-me no líquido vital dos guerreiros degolados.
Quero viver do medo e desespero.
Do câncer, da raiva, dos gritos, da loucura e ranger de dentes.
Alimentada dos tons de rubro dos mais vivos aos mais frios.
E que essa chuva caia sobre mim, me afogando na dor profunda entre ossos e entranhas.
Eu não quero mais estar exausta tentando ser aquilo que não consigo.
Tentando sentir coisas que realmente não sinto.
E tudo o que sobrou é isso.
Eu sou dele. E também sou dela.
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-41832526923330240272017-08-30T07:57:00.000-07:002017-08-30T07:57:15.428-07:00Quebrada.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-vX6VTBLAAbk/WabSMKke0UI/AAAAAAAAB3o/EiS-8VOREmE4bxr7ZsPKSWoPwbj7SgAlACLcBGAs/s1600/tumblr_static_tumblr_static_7p1f3re81y4ggo4s4k0c0swg0_640.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-vX6VTBLAAbk/WabSMKke0UI/AAAAAAAAB3o/EiS-8VOREmE4bxr7ZsPKSWoPwbj7SgAlACLcBGAs/s400/tumblr_static_tumblr_static_7p1f3re81y4ggo4s4k0c0swg0_640.jpg" width="400" height="225" data-original-width="486" data-original-height="273" /></a></div>
Você vai acabar com a minha dor? Você vai tirar a minha vida? Você vai me fazer sangrar? Você vai me pendurar para secar? Você vai tomar a minha alma na chuva da meia-noite? Enquanto eu estou caindo aos pedaços... enquanto eu estou enlouquecendo?
Você pode quebrar meus ossos? Você vai rasgar minha pele? Você pode provar minha luxúria? Você pode sentir o meu pecado?
Veja, eu sou um desperdício de vida. Eu deveria apenas me matar. Sim, eu poderia cortar os pulsos mas isso realmente não ajudaria. Não iria resolver meus problemas ou mudar sua mente, porque eu quebrei seu coração e você enterrou o meu.
Agora estou a 7 palmos abaixo da terra e eu não consigo respirar. Eu tenho sujeira em meus olhos e sangue nas minhas mangas. Mas eu cavo para a saída, através destas raízes e folhas para conseguir um pouco de ar. Para poder finalmente respirar. E agora eu estou de joelhos, implorando "Por favor!".
Adeus. Não sinta a minha falta quando eu partir. Adeus! Porque você é a porra do motivo de eu não estar mais aqui.
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-11464854904929502462016-03-29T13:02:00.001-07:002016-04-07T13:15:37.102-07:00Pilares Fragmentados.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-LwoyZ86jt7U/Vvrex7lJqFI/AAAAAAAABN8/lXRS_JHOHuUlWfGMhQgqy8vozpH7RXq5Q/s1600/-circa.tumblr-794.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-LwoyZ86jt7U/Vvrex7lJqFI/AAAAAAAABN8/lXRS_JHOHuUlWfGMhQgqy8vozpH7RXq5Q/s400/-circa.tumblr-794.jpg" /></a></div>
Obscuro... parado, calmo como as reconfortantes ondas do vazio. Enfim retornei, nadando, afundando para casa. Lar dos gritos incessantes, finalmente pude enlouquecer com eles em um Pandemônio que se alastrava como o negrejante que infectara ao <b>A</b>éreo Confortante.
Em plena <b>D</b>or de Crescimento, percebi que não pude ser mais do que me permitiria ser. Eles me controlavam, e mediante exímia perfeição, eu não pude suportar por muito tempo.
De que adianta? Ecrevendo aquela Carta saberia que quem veria seriam apenas os seres que me atormentam.
Sufoquei até minhas <b>E</b>ntranhas se contorcerem, o tormento era tamanho que cedi aos desejos deles.
E que tola fui... em minha inocência e despreparo, reclamava dos monstros que criei sem saber que podia conviver com eles, ou comigo.
Aquele Peito Carregado, aqueles Pés Inquietos não foram o suficientes para fugir do furor da alma. Tudo instantaneamente virou raiva, tudo rapidamente desceu pelo ralo.
<b>U</b>m mero desabafo se transformou num mar de lágrimas, que se tornou um oceano de Sanha, Desalento e Clichê dando voltas incontáveis em torno de algo que nunca existiu. Eu.
Naquele dia não houve mais barreiras, não houve mais mundo, não houve mais limites, nem asas, nem nada.
Sem alternativas, bebi do seu veneno, ao qual até outrora experimentava apenas leves doses. Embriaguei-me da podridão que em cativeiro cultivei... e na <b>S</b>angria, a carne, o espírito e todas as feridas dilacerei. Por fim, cedi.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-57156631652877932662016-01-17T17:42:00.000-08:002016-01-17T17:43:02.261-08:00Carta.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-8h59f59ecVo/VpxAQSyyBnI/AAAAAAAABME/llPQB_qPIqQ/s1600/tumblr_static_filename_640_v2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-8h59f59ecVo/VpxAQSyyBnI/AAAAAAAABME/llPQB_qPIqQ/s400/tumblr_static_filename_640_v2.png" /></a></div>
Buracos em seu coração... pequenos, sangrando. É só o começo da história. Nada que possa evitar a tragédia. Estamos fadados a isso, lembra-se? Ao incerto que nunca nos levará ao caminho de volta. Então por que não se inebria com sua tristeza? Afinal é só o que lhe resta... assim como a mim. Ouça os sons te chamando para aquele canto escuro do quarto. Vá para o berço, para a calmaria que somente ela pode te proporcionar. Enquanto eu? Eu já evaporei. Já não posso contribuir porque não tenho mais nada em mãos, a não ser palavras vãs. Estou atada, fraca pelos tombos, impotente pelas feridas. Talvez dentro de todo esse caos um fragmento de luz possa surgir. Mas não para mim. Faça sua escolha, siga o seu caminho, fuja enquanto é tempo ou entregue-se por completo. Não me convide para dançar novamente porque desaprendi todos os passos. Porém saiba... ainda me importo, e sempre me importei. Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-79864804641864226632015-09-16T22:58:00.000-07:002015-09-16T22:58:57.172-07:00Faces e Espelhos.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-Ir9tAKz3H7s/VfpVvGRFsDI/AAAAAAAABJE/Y8MuZVA9AXQ/s1600/venice_lace_masks%2Bwww.maureencotton.com.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-Ir9tAKz3H7s/VfpVvGRFsDI/AAAAAAAABJE/Y8MuZVA9AXQ/s400/venice_lace_masks%2Bwww.maureencotton.com.jpg" /></a></div>
Vidas e ilusões. Pessoas e máscaras. Faces e espelhos. Saúde e doença. Razão e vontade. Carne e alma. Raso e profundo. Angústia e dor. Nada é tão puro quanto parece, nada é tão real quanto te descrevem. O que crias é o reflexo da sua mente. O que cultivas é o reflexo do seu espírito. Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-48956666971736572802015-08-25T12:28:00.000-07:002015-08-25T12:28:56.515-07:00Cólera.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-bllE25PQCWY/Vdy928uNanI/AAAAAAAABH4/gCz3PhJNgNw/s1600/1472862_694695317230303_1772392374_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-bllE25PQCWY/Vdy928uNanI/AAAAAAAABH4/gCz3PhJNgNw/s400/1472862_694695317230303_1772392374_n.jpg" /></a></div>
Se mexem os demônios viventes, tão apertados dentro da caixa, tão isolados do resto do veneno.
Siga seus instintos, ignore o que está vindo. O relógio estático. O tempo? Imparável. Chama crescente, transe iminente, sacrifício da carne, libertação do espírito. Borbulhando, a inquietação toma forma... e tudo, logo, se transforma. Avante negrejante, roube novamente aquilo que um dia já te pertenceu! Adoeça o que circula em minhas veias. Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-13158220082014659502015-08-20T12:19:00.000-07:002015-08-20T12:23:29.931-07:00Azul.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-kHsnamLet3U/VdYiEW2d1rI/AAAAAAAABHY/bihfOl2TI1Q/s1600/tumblr_inline_n9svhlKapz1qa50bo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-kHsnamLet3U/VdYiEW2d1rI/AAAAAAAABHY/bihfOl2TI1Q/s400/tumblr_inline_n9svhlKapz1qa50bo.jpg" /></a></div>
E pintaremos as telas da vivência de um tom trágico, com toda a leveza da tinta da incerteza. Admirando o rei tempo e sua longevidade, tão distante aos olhos da nossa verdade, que acabamos por pensar que somos os exilados da aclamada corte. Brindando aos fracassos, exterminando qualquer traço de aconchego. Gostamos é do ócio! Da ira! Do sentimento em sua forma mais incômoda e genuína. Da beleza do azul, do gosto do cru, das expressões mais borradas, das mentes atormentadas. Comporemos um retrato do interior onde nada mais viveu, somente, por pouco tempo, sobreviveu. Transferir os reflexos, dentre esboços e gritos no vazio. Expor o caos permanente. Por fim, carregar o destino que agradava anteriormente. Enfim, apreciando. Mergulhando. Afogando. Retornando. E a tela continua em branco.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-48852139855961389022015-08-17T21:59:00.000-07:002015-08-17T21:59:42.789-07:00Sangria (2° Versão).<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-YVUSyjnur3s/VdK7BpdnPfI/AAAAAAAABHA/7lLv23vjQEk/s1600/3fc47-tumblr_n86s91mptn1tfyseno1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-YVUSyjnur3s/VdK7BpdnPfI/AAAAAAAABHA/7lLv23vjQEk/s400/3fc47-tumblr_n86s91mptn1tfyseno1_500.gif" /></a></div>
De que adianta ter boca quando não se pode falar? E ouvir e não discernir. No infortúnio do marasmo. De que adianta? Se esforçar se vamos morrer de novo, e de novo, e de novo, como sempre acontece?! E borrar mais e mais um futuro incerto com essa certa sina de perdedor. Pra quê? Viver sem aprender, e se prender nas amarras! Para olhar seu passado e desprezá-lo por não ter feito o que a mente, diariamente, te acusa. Não acredito... como pude entender só agora?! Que os que vêem de fora acham tudo fácil, tão raso. E que cada pensamento espremido, cada gota da seiva, não passaram de meras palavras. Que a carne está envelhecendo, e a alma... pobre alma... enlouquecendo. Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-66822856218891298672015-08-10T10:13:00.001-07:002015-08-10T10:13:12.847-07:00Sobras.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-bK9zSBv8VCI/VcjYqIZqZiI/AAAAAAAABGc/5Mp2tjAUDqg/s1600/11148729_684175061704370_8324040622570754982_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-bK9zSBv8VCI/VcjYqIZqZiI/AAAAAAAABGc/5Mp2tjAUDqg/s400/11148729_684175061704370_8324040622570754982_n.jpg" /></a></div>
Viva, enquanto a vida esvai em suas mãos. Se distraia com alegrias que maquiam os sentimentos. Cria fantasias para esconder sua real natureza. Porque eles... estão à espreita. Plante flores em seu jardim do agora enquanto vê as do ontem putrefatas. Saúde aos tempos de glória, às asas momentâneas e se prepare para quebrar todos os seus ossos na queda quando elas forem cortadas. Dance, beba, ame, e odeie tudo o que fez. A cada segundo se encha e fique insatisfeito, ache a luz e permaneça na escuridão. Ele vai mudar, eles vão lhe observar. Se afogando nas confortantes ondas do vazio, na esperança e no conformismo, e eles não dirão uma palavra. Você indo... vindo e dando voltas em torno do seu pobre mundo, e eles não dirão uma palavra. Você se embebedando de seu próprio eu, e eles não dirão uma palavra. Você, tão distraído, forjando sua própria forca, e eles gargalharão.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-42573172070831312302015-07-06T11:38:00.003-07:002015-07-06T13:07:16.771-07:00Pétalas.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-azMdLvjPnTo/VZrEpIV_-EI/AAAAAAAABEM/4OmGT8HOfVo/s1600/tumblr_mme27gAT9H1rr4szko1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-azMdLvjPnTo/VZrEpIV_-EI/AAAAAAAABEM/4OmGT8HOfVo/s400/tumblr_mme27gAT9H1rr4szko1_500.jpg" /></a></div>
Uma a uma... despedaça. Retirando cada camada. Expondo seu interior. Lentamente, sem pudor. Crescente, estridente. O terror está à porta e as paredes, rachadas e fracas. Elas já não te protegem, na verdade, nunca protegeram. Fecha teus olhos, na esperança de que não verás o que você mesma forjou. Tapa teus ouvidos, não querendo escutar as vozes que vivem dentro ti. Bloqueia teus pensamentos, tente esquecer o pesadelo do qual estranhamente tem apego... porque no fim, você sabe, sobrarão apenas cinzas. Ou mais nada.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-58587864396987940072015-06-18T22:27:00.001-07:002015-06-18T22:38:49.885-07:00Dor De Crescimento.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-zpYGQ523YM4/VYOhbfKkqyI/AAAAAAAABCM/3Reh4sndgh8/s1600/545349_442401619155761_427024442_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-zpYGQ523YM4/VYOhbfKkqyI/AAAAAAAABCM/3Reh4sndgh8/s400/545349_442401619155761_427024442_n.jpg" /></a></div>
Mal sabia, coitada. E quem haveria de lhe avisar? Já que a hóspede que não teve hora pra chegar, tivesse uma estadia tão duradoura. E quem haveria de saber, que de repente a dor não fosse mais de seus ossos, mas de algo não orgânico, insistente, desobediente, era algo que nem ela conseguiria entender. Coitadinha... tão novinha, e a hóspede, tão dura. Deixou algumas marcas que tentou esconder, mas sangravam tanto que logo suas feridas fizeram questão de sujar suas vestimentas. E a garotinha chorava, esperando que seus contos de fada viessem à tona para lhe confortar com palavras brandas. Chorou até cessarem suas forças. Mas era tarde demais. Tardou a perceber que a hóspede veio para lhe corromper, mas não de uma maneira ruim, afinal, percebeu que já era tempo de crescer. "Ora! Todos crescemos um dia, afinal!". Ela já não tinha mais nada a perder, mesmo que seus olhos, ainda úmidos e inchados, dissessem o contrário. Então uma garoa fina, constante, aguda caiu sobre a garotinha, que, pela primeira vez tocou sua pele. Chuva que se misturou às gotas vermelhas de vida, tão intensas como bordô. Chuva que depois daquele instante, algo a dizia, que jamais cessaria. E a dor... continuou. Como quem nunca parou de crescer. Dor que com o passar do tempo, entorpeceu, acalentou, e a fez sentir como na primeira vez. Dor que num tom trágico de beleza, a fez florescer, mesmo que com toda terra seca que a cercava.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-71155658463847072002015-06-15T20:46:00.000-07:002015-06-15T20:46:22.648-07:00Ciclo.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-mgVvh4OjAJI/VX-bA5bp1KI/AAAAAAAABBo/TTDdxH1_-jE/s1600/tumblr_mlmgxg1cey1rsq9eyo1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-mgVvh4OjAJI/VX-bA5bp1KI/AAAAAAAABBo/TTDdxH1_-jE/s400/tumblr_mlmgxg1cey1rsq9eyo1_500.gif" /></a></div>
Um dia a gente evapora. Simplesmente. Exatamente como algo que quebrado, não tem utilidade. Exatamente como água que já serviu pra hidratar, mas agora precisa terminar o seu ciclo. É normal, não somos eternos. Ao contrário, somos descartáveis. Vulneráveis e passíveis, padecendo dentro de nossa própria carne. Pode chamar de pessimismo, tudo bem, não há mal nisso... mas não há nada que possa fazer com algo que é inevitável. A outra parede está lá, o outro lado, e não fazemos ideia do que nos espera além daquela porta. Apenas sabemos que existimos, porque espiamos pelas frestas. Enfim, um dia, a gente evapora. Um dia, meu querido, viramos história... pelo menos isso, não é?!Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-22354736980229956632015-05-28T18:44:00.000-07:002015-05-28T18:49:03.064-07:00Pó.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-5ifpBR0HA6s/VWfBfYtWpQI/AAAAAAAABBQ/XGnuiBTtIlI/s1600/942053_669359729746519_674978017_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-5ifpBR0HA6s/VWfBfYtWpQI/AAAAAAAABBQ/XGnuiBTtIlI/s400/942053_669359729746519_674978017_n.jpg" /></a></div>
Atrofiando, cada vez mais... Mergulhando, muito longe do cais... Secando, tudo aquilo que já jorrou... Silenciando, tudo o que um dia já gritou... Matando, tudo o que já respirou. Definhado, seco. Finalmente, por inteiro, se rachou.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-44238390650787507232015-02-04T23:05:00.000-08:002015-02-04T23:19:47.473-08:00Saiba. (Memórias E Palavras Quase Afogadas).<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-WGT8eLbubtY/VNMUThWIJyI/AAAAAAAAA-M/SGAZkI2LVMk/s1600/tumblr_mm3qqtqFCN1s84g72o1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-WGT8eLbubtY/VNMUThWIJyI/AAAAAAAAA-M/SGAZkI2LVMk/s400/tumblr_mm3qqtqFCN1s84g72o1_500.jpg" /></a></div>
Saiba que eu me importei. Saiba que eu queria arrancar essa dor e trazê-la para mim, mesmo se os cacos fossem tão minúsculos à ponto de me fazerem sangrar. Eu não ligava para o que acontecesse a mim, afinal, você quem era a prioridade. Talvez esse pôde ter sido o meu erro, mas confesso que tinha prazer em me doar. Eu só queria ser mais do que eu conseguia ser, ir além do meu alcance. Te puxar de volta desse vazio que você se atirou, lhe fazendo assim, retornar a moradia das nuvens, a paz que sempre almejou (e que eu não pude proporcionar). Mesmo com todos os obstáculos, esse brilho que te faz reluzir mais que prata nunca se perdeu, por mais que não admitisse. Você foi sempre o mesmo, e eu... hum... muito volúvel. Acabei enfiando os pés pelas mãos, caí, mas mesmo assim não consegui te alcançar. Eu sabia, você sempre foi inalcançável. Longe demais de minhas manias e medos infantis. Um espírito independente nato, e eu... bem, uma eterna cativa de meus monstros interiores, teimando em acreditar em fatos impossíveis. E me faça somente esse último favor antes do fim de tudo. Não permita que essa chama acesa se converta em solitárias cinzas brancas, porque elas se vão com a leve brisa. Seja como o fogo, que o vento espalha e o alimenta, fique forte e arda intensamente. Seja o que eu não fui capaz de ser. Quero que saiba que eu me esforcei enquanto tive forças para fazê-lo, agora, me tornei prisioneira demais de meu próprio eu. Desculpe por não poder lutar mais. E isso basta.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-29472730037307119342015-01-07T15:31:00.001-08:002015-01-07T15:31:43.369-08:00Entranhas.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-VbDS2T1rUTA/VK29BxWesEI/AAAAAAAAA98/_9BVqSBuXFE/s1600/10151426_10152437127582244_1399647800081990900_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-VbDS2T1rUTA/VK29BxWesEI/AAAAAAAAA98/_9BVqSBuXFE/s400/10151426_10152437127582244_1399647800081990900_n.jpg" /></a></div>
O punhal dançou livremente naquele lindo corpo... lembro-me basicamente disso. Comecei a almejar aquele paraíso em que via na ponta de uma lâmina semi- afiada, um pouco enferrujada que eu tinha há um tempo atrás. Ele tinha um magnetismo em que eu não podia ignorar. Lutei e relutei, até achei que eu estivesse ficando sabe... louco. Mas chegou um dia em que não resisti. Finalmente vi o paraíso. Peguei-o e expus aquela carne de pele macia com toda a podridão que continha. Assim, seus pequenos ecos abraçaram a escuridão daquele quarto vazio, e o meu profundo carinho. A dor que vibrou aos tons de bordô já não era tão aterrorizante para mim e para aquele corpo que deixei. Imóvel. Ao contrário, a última feição foi de uma estranha euforia. Em mim. Finalmente entrei no paraíso. E eu... eu sabia! O que a torturava foi o seu próprio intelecto, o vazio da sua existência, os incessantes porquês. Eu só a ajudei, a protegi, dei um basta. Como eu sempre fiz. E eu via que não existia mais devolução, somente a aceitação. O permanente que falhou em coagular. Com isso, aprendi que viver é doloroso e a morte é tranquila, mas somente sua transição que pode ser um pouco... problemática.
"Minhas entranhas não serão mais expostas para esses zombeteiros espectadores", dizia em uma de suas despedidas frustradas. E eu a compreendi, já que eu saí delas.
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-76956680216826408722014-12-27T19:26:00.000-08:002014-12-27T19:26:33.987-08:00Peito Carregado, Pés Inquietos (Ir: 2° Versão)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-9E26mqQH7Y0/VJ94DZzr8II/AAAAAAAAA9s/8NGLe7tXaaE/s1600/pintura-dias-chuvosos-02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-9E26mqQH7Y0/VJ94DZzr8II/AAAAAAAAA9s/8NGLe7tXaaE/s400/pintura-dias-chuvosos-02.jpg" /></a></div>
Eu só preciso dar umas voltas pelo mundo. De um pouco de ar fresco na varanda de casa, de um bom vinho seco acompanhado de uma música favorita, de olhos fechados contemplando a imensidão do meu próprio ser. Comprovar a existência que deixei escapar por todos esses anos. De viver dia após dia, me descobrir e redescobrir, de bons tragos em cigarros de filtro branco e filtros dos sonhos no meu quarto, pra ver se eu consigo resgata-los, enfim, achar em algum baú perdido por aí. Me transbordar e lavar cada cantinho da alma, tirar a poeira, pra finalmente inspirar ar limpo e exalar qualquer coisa que não seja a melancolia. Tô precisando viver aquilo que sempre temi em fazer, arriscar, sair da bolha, quebrar os meus próprios muros pra criar pontes concretas. Eu só preciso mudar o tom do azul escuro pra o tom do anil. Mas mudar sem perder a essência é tão difícil. A questão é se permitir, mesmo que isso implique em resolver questões que respectivamente deixei no passado, mas que a solução é essencial para o presente. Pois do passado que a essência é criada, e é apenas aprimorada no passar dos anos. E é disso que eu preciso, de ir. Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-41935910681094910402014-12-08T21:34:00.002-08:002014-12-08T22:18:06.507-08:00Ir.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-Tf5VexThD04/VIaG-1Mj-mI/AAAAAAAAA9c/UlQc5XnFh6o/s1600/tumblr_mulwqhPlnz1qhu7x0o1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-Tf5VexThD04/VIaG-1Mj-mI/AAAAAAAAA9c/UlQc5XnFh6o/s400/tumblr_mulwqhPlnz1qhu7x0o1_500.gif" /></a></div>
Cartas na manga... jogadas sobre a mesa... completamente em vão. Eu vejo você, mas não sei o que pensa. Eu não sei, ainda está tudo tão azul, na verdade sempre esteve. Preciso estancar esse sangue, antes que ele acabe sujando suas mãos. Estradas distintas ou a cratera que nos leva para baixo. Juntando os cacos que eu espalhei, eu só quero ir... não importando o que me espera passos à frente. Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-46695273449291145642014-10-29T14:55:00.001-07:002014-10-29T14:55:49.136-07:00A Hóspede.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-jlKNqo-n83s/VFFbkODcCFI/AAAAAAAAA9M/MYbPmYxd16A/s1600/303089463_l.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-jlKNqo-n83s/VFFbkODcCFI/AAAAAAAAA9M/MYbPmYxd16A/s400/303089463_l.jpg" /></a></div>
E as lágrimas parecem transbordar como algo que logo se transformará num incessante manancial. Ela sorrateiramente retornou... quebrando a razão, estilhaçando o coração, se infiltrando mais e mais. Apenas ela, uma velha amiga que retorna quando deseja, se hospeda, e se acomoda dentre os nós da garganta e emaranhados existentes no interior da carne. Esqueça tudo o que era antes! Minha vontade tornou-se sua, não importa onde eu esteja. E como é difícil se livrar de algo que você gerou. Emana do peito, cala a voz e ensurdece a alma. Pulsa agressivamente... lentamente aderindo à solidão pela causa incompreendida. Reflexos cruéis do espelho, do estado da mente, do espírito enfermo. E a ferida que nunca sara, só expõe mais de tempos em tempos.
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-85145207139719033062014-08-12T20:49:00.001-07:002014-08-12T23:04:27.972-07:00Laços.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-J6Yaq4Xxv3o/U-rfpsAFeyI/AAAAAAAAA8k/qUOAdmnq09o/s1600/1450297_682289115137590_1496628787_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-J6Yaq4Xxv3o/U-rfpsAFeyI/AAAAAAAAA8k/qUOAdmnq09o/s400/1450297_682289115137590_1496628787_n.jpg" /></a></div>
Olhe em meus olhos... observe-os transbordar. Enquanto seus braços me envolvem numa triste melodia. O adeus machuca tanto... os sussurros inquietantes. Sinta algo queimar dentro do seu peito, assim como as faíscas do meu coração numa perfeita sintonia. Emanando pensamentos. Docemente padecendo. Desamarrando os laços, silenciosamente junte esses pequenos cacos. E depois... depois nos agarramos a mundos mais agradáveis. Afinal, tudo não passará de um simples adeus. Afinal, tudo se resumirá em simples memórias confortáveis.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-41855734441383271842014-07-07T07:05:00.000-07:002014-07-07T07:05:13.089-07:00Apenas Memórias.
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-QT1lA1mMNzE/U7qo51njpSI/AAAAAAAAA78/804PYL1PjJU/s1600/tumblr_lrsfbbqJs11qzhnvio1_400.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-QT1lA1mMNzE/U7qo51njpSI/AAAAAAAAA78/804PYL1PjJU/s400/tumblr_lrsfbbqJs11qzhnvio1_400.jpg" /></a></div>
Mas afinal, o que vem depois? Depois de todos os começos e finais de uma só vida, depois das flores que murcharam, de todas as cinzas que se misturaram ao vento... E a leveza do espírito finalmente livre beija as nuvens, anteriormente tão longínquas, inalcançáveis. Quando o plano terreno converte-se em invalidez... Quando nos tornamos apenas memórias?Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-9094576477454466802014-07-02T10:09:00.000-07:002014-07-02T10:09:40.148-07:00Imensidão.
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-N2XaU_AVMZI/U7Q8lkBFSlI/AAAAAAAAA7s/tXudhKpgKYI/s1600/tumblr_m1njry8bNU1r18c83o1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-N2XaU_AVMZI/U7Q8lkBFSlI/AAAAAAAAA7s/tXudhKpgKYI/s400/tumblr_m1njry8bNU1r18c83o1_500.jpg" /></a></div>
E a cabeça, cansada, profundamente atordoada, deita-se no travesseiro. Memórias, visões de mundos desconhecidos, certamente esquecidos pela mente falha. Lágrimas para lavar os arrependimentos, cicatrizar as feridas, tentar curar a alma. Desgastada, o corpo acompanha, adoece, padece junto à frágil carne. Na imensidão azul, esperança. Na escuridão, sonhos que são só sonhos...
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-65790762201383734612014-04-21T08:09:00.000-07:002014-04-21T08:09:01.152-07:00Pedaços de Madrugada (2)
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-8WA-qJ3_aKQ/U1Uz-BjY2PI/AAAAAAAAA7c/uihCqL7b01o/s1600/1474543_681068011926367_1862086702_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-8WA-qJ3_aKQ/U1Uz-BjY2PI/AAAAAAAAA7c/uihCqL7b01o/s400/1474543_681068011926367_1862086702_n.png" /></a></div>
Quando o anil se rende ao breve azul marinho, o espírito finalmente se desprende das amarras dos raios de Sol, e alegremente sorri para a Lua. "Bem vindo novamente"... Onde a tristeza aflora, onde os sentimentos respiram, e pela exaustão transpiram. Tornaram-se refúgio, e as estrelas, o caminho de ligação. O gélido ar invade nas planícies verdejantes. E o agradável algodão das nuvens, transformando-se em mar. Mar, seu lar. Mergulhando e se afogando nas mais profundas águas do tato, do sentir, da inspiração. Então fecham os olhos e ligam-se da forma mais intensa. Podem sentir um ao outro. De acordo com que os primeiros raios, as correntes solares retornam, o espírito enfraquece. E as águas secam, sobrando apenas gotas que escoam por entre os dedos. Em mediante seu ofegante respirar, recita-lhe palavras de amor: "Meu lar, esconderijo a qual eu realmente pertenço, noite dos olhos brilhantes, seus servos continuam a sussurrar em meus ouvidos"... E a amada retribui: "Nos encontraremos novamente, mediante ao Sol poente. Feche seus olhos, porque na escuridão, eu lhe confortarei.".
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-53611737445799820492014-02-13T13:14:00.000-08:002014-02-13T13:14:55.142-08:00O Conto da Ávore Quase Morta.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-19XQCV4IGvA/Uv005I1msaI/AAAAAAAAA68/H1lADzOnOgc/s1600/tumblr_mm504e9HPQ1rqztdxo1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-19XQCV4IGvA/Uv005I1msaI/AAAAAAAAA68/H1lADzOnOgc/s400/tumblr_mm504e9HPQ1rqztdxo1_500.jpg" /></a></div>
E as raízes se estabeleceram. E incomodam à cada pulsada que seu fraco coração dá. Um suplico, lamúria. Enquanto a fina garoa corta aquele cenário tristonho acompanhado de respirações ofegantes, na pesada neblina. O desconhecido cega... E a canção de ninar toca, assim confortando sua alma, aquecendo, lhe trazendo lembranças de dias de inocência e verão. Embora seus galhos estejam totalmente sem flores, sem vida, a vida flui intensamente dentro dela. E pela última vez... Ela sorri...Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-24047036748412601042014-02-12T21:32:00.000-08:002014-02-12T21:32:01.833-08:00Fome.
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-o59CCexGeGs/UvxYlFQPyjI/AAAAAAAAA6Y/3aCl1TtcBkw/s1600/1460055_673537852679383_2037824227_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-o59CCexGeGs/UvxYlFQPyjI/AAAAAAAAA6Y/3aCl1TtcBkw/s400/1460055_673537852679383_2037824227_n.jpg" /></a></div>
Venha, alimenta essa alma e o vazio que nela reside. Possua. Das minha narinas, faça o portal, através deste vento gelado da madrugada. Infecte minha mente como fazia antes, me entorpeça, faça-me esquecer os infortúnios que sondam meu ser. Nesta vasta paisagem com nuvens chorosas cor de sangue. E eu exclamo, até meus pulmões se contorcerem... Que queime e o torne cinza novamente.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1333481971458610699.post-90495503773581621362013-11-20T12:13:00.000-08:002013-11-20T12:13:20.519-08:00Através Da Janela.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-3Pq0ASRHaRQ/Uo0MU6KHI9I/AAAAAAAAA5w/0Elj5Nmq344/s1600/tumblr_m0a51y6eW61qjdl8fo1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-3Pq0ASRHaRQ/Uo0MU6KHI9I/AAAAAAAAA5w/0Elj5Nmq344/s400/tumblr_m0a51y6eW61qjdl8fo1_500.jpg" /></a></div>
Pobre coração. Enjaulado pelo concreto, reprimido pelos poréns... Alguém consegue escutá-lo em meio ao tão incessante barulho? Tão ingênuo, bondoso. Grande demais para caber nele mesmo, ansioso demais por estrelas que nunca aparecem. Nem o barulho da chuva o conforta mais. Nem as lembranças o acalenta... Sensível demais para os corações de pedra que o cercam, sozinho demais para ser percebido.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11905378190309859738noreply@blogger.com2