domingo, 3 de junho de 2012

Clamor à Poseidon. (1° Parte)

Por ter se distanciado de sua casa e acabando distraíndo-se com a linda noite estrelada que fazia, Cordélia acabou perdida em meio a uma vasta floresta sombria e ouvira um sussurro de uma criança. Sussuros que ficavam evidentes o medo e o desespero da mesma. -Espere criança, não lhe farei mal! Espere!- É só o que conseguiu dizer. Ela está visualmente enfraquecida, mas conseguia correr absurdamente rápido. Quando de repente sentiu a presença dela e estranhamente uma aura que a fez sentir os monstruosos sentimentos da pequena criança de cabelos longos e negros a qual só conseguiu ver isso. Cordélia estava percebendo que a aparente menina não era normal e isso a assustou. A moça correu, correu e se afundou dentro das folhas verdes e molhadas causadas pelo sereno da madrugada. A caminhada não parecia ter fim quando, num piscar de olhos, num descuido, a pequena criança que lhe aparecera há algumas horas antes, surge em sua frente com seus cabelos negros, pele e olhos brancos como a neve. A verdadeira aparência de um cadáver. Cordélia ficara congelada mediante a tanta beleza e obscuridade do ser em sua frente. A criança coloca as suas mãos gélidas no rosto com temperatura agradável da garota e diz: "Não seja tola, não tenhas medo. Eu também não lhe farei mal. Apenas a levarei a um lugar seguro, onde os espíritos atormentados encontrarão paz...". Perto daquela floresta, era o leito da misteriosa criança e o mesmo lugar onde morrera. Cordélia, sem reação aceita o pedido e vai até o lugar prometido pela menina. Era um mar fundo e furioso, cheio de rochas pontiagudas esperando para ceifar outra vida. Codélia não teve o controle sobre seu corpo e quando se deu por sí, tinha se atirado naquele lugar aparentemente aterrorizante. Tinha acabado de cair nos braços de Poseidon, no leito das sereias e na imensa escuridão gelada onde, já calma e conformada com a paz que a morte repentina lhe trouxe, adquiriu seu descanso eterno. E lá, encontrou aconchego...

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