quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A Hóspede.

E as lágrimas parecem transbordar como algo que logo se transformará num incessante manancial. Ela sorrateiramente retornou... quebrando a razão, estilhaçando o coração, se infiltrando mais e mais. Apenas ela, uma velha amiga que retorna quando deseja, se hospeda, e se acomoda dentre os nós da garganta e emaranhados existentes no interior da carne. Esqueça tudo o que era antes! Minha vontade tornou-se sua, não importa onde eu esteja. E como é difícil se livrar de algo que você gerou. Emana do peito, cala a voz e ensurdece a alma. Pulsa agressivamente... lentamente aderindo à solidão pela causa incompreendida. Reflexos cruéis do espelho, do estado da mente, do espírito enfermo. E a ferida que nunca sara, só expõe mais de tempos em tempos.