segunda-feira, 21 de abril de 2014

Pedaços de Madrugada (2)

Quando o anil se rende ao breve azul marinho, o espírito finalmente se desprende das amarras dos raios de Sol, e alegremente sorri para a Lua. "Bem vindo novamente"... Onde a tristeza aflora, onde os sentimentos respiram, e pela exaustão transpiram. Tornaram-se refúgio, e as estrelas, o caminho de ligação. O gélido ar invade nas planícies verdejantes. E o agradável algodão das nuvens, transformando-se em mar. Mar, seu lar. Mergulhando e se afogando nas mais profundas águas do tato, do sentir, da inspiração. Então fecham os olhos e ligam-se da forma mais intensa. Podem sentir um ao outro. De acordo com que os primeiros raios, as correntes solares retornam, o espírito enfraquece. E as águas secam, sobrando apenas gotas que escoam por entre os dedos. Em mediante seu ofegante respirar, recita-lhe palavras de amor: "Meu lar, esconderijo a qual eu realmente pertenço, noite dos olhos brilhantes, seus servos continuam a sussurrar em meus ouvidos"... E a amada retribui: "Nos encontraremos novamente, mediante ao Sol poente. Feche seus olhos, porque na escuridão, eu lhe confortarei.".