sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Visão Do Alto Da Torre.

E cantarola o pássaro da gaiola. Sabes que ainda podes gritar, bradar para o mundo o que o homem não entende. Sobre os vales e bosques onde já esteve, estilhaçando os céus do entardecer. Com suas asas coloridas e delicadas que clamavam pelo pouso, admitindo a beleza de um amanhecer. Confessa que era imparável e apreciava o sabor das pequenas frutas frescas. O quanto era radiante e livre. Que desmoronava de paixão ao ver a branda paisagem tão vasta e contente, gritando por um olhar admirado, a qual era resplandecente e mágica para ele. Doces lembranças confessadas à solidão, a vida linda que um dia já lhe pertenceu e hoje, só fantasmas do passado conversando freqüentemente com o temido canto escuro do quarto. Daquele reino que não reconhece mais, porém tem saudade. E cantarola o pássaro da gaiola...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Primavera.

A primavera está doente. Movam-se! Não a deixem morrer! O céu azul está sumindo, as nuvens o devoram com tamanha crueldade. Salvem as flores que restam! Seus encantos não são mais perceptíveis aos olhos dos outros viventes. Seu cheiro agora é podridão. Alastra o negrejante por toda a vila, sinos perturbadores e crescentes são ouvidos... Petrificados somos. Orquestra do horror e loucura, eu escuto seus gemidos de dor. Salvem a primavera! Faça-a retornar aos tempos de seu império, onde o exalar das rosas pregavam o amor. Óh Vênus, suas lágrimas podem ser vistas. Pranteiam mãe e irmão. Petrificada fora a mais bela flor.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Sanha, Desalento e Clichê.

Maldito sentimento, aquele que apodrece minha essência! Esse estranho que consome, abala, estremece, para finalmente reduzir a pó. Tártaro existente, tortura maldita, piedade dessa pobre alma que fora condenada.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Tons De Um Inocente Entardecer

Belo dia aquele em que as chamas de um coração caloroso, ascendeu novamente um tão gélido e distante. Diferença se fez naquele momento. Confusão de sentimentos, sentidos e hábitos que se reverteram em querer o bem da alma. Dourado, resplandecente era. Meu corpo clamava pelo toque suave daquele corpo, pelos beijos de amor. Me rendi ao encantamento. Hipnotizada e cega pelo sentimento estranho, permaneço desejando os abraços, carícias, o toque dos lábios, o aconchego. Ansiando um pouco mais de amor, alimentando a chama que o gelo quer apagar. Permaneço acreditando no sentimento que nasce para nunca mais morrer. E não morrerá. Meus olhos finalmente contemplam tua divina beleza, meu feiticeiro. Naquele vilarejo que se tingia em sépia, converteu-se para apenas as folhas secas juntadas ao tronco das árvores. Em tons pastéis, nasceu cor e o genuíno amor. Naquele instante, o Sol sorriu.

domingo, 23 de setembro de 2012

Chuva de Setembro.

As nuvens negras e o rugir dos ventos furiosos anunciam que a tempestade está por vir. Chove e inunda. Água profunda. Me faz gritar, me cala. Aprisiona. Morbidamente acalma. Imobiliza, afoga, mata. Enfim, atende às preces de libertação do que não podemos ver aos olhos carnais.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Época. (2° Versão)

Seja bem vindo à época dos corações partidos, alguns dilacerados, onde a canção fúnebre reina. Onde os rostos com expressões tão frígidas, não cantam mais a canção da alegria de um domingo à tarde. Pessoas com olhares tristonhos, ou vagos. Lugar onde a real importância não se faz presente. O amor esfriou, a discórdia aumentou, os sonhos não são mais sonhados. Os pássaros já não cantam mais como antes, tudo que era vívido, bonito, agora é neve, solidão. Várias almas perdidas em seus mundos, solitárias, trancadas em suas mentes e às suas sombras. Tudo é luto, tudo é neve, tudo é triste e obscuro.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Carnal.

Incessante amor, longínqua noite, aquela que reservamos para amarmos exaltadamente e revelarmos os mais lascivos pensamentos. Momento em que os medos desaparecem, dissipam. Noturno, levemente cativante. Apaixonante. Enfraquece e me embriaga, possua-me mas não me abandone. Se renda e perca-se nesta noite, confesse seus pecados mais íntimos e que a Lua seje testemunha. Que nossos corações sussurrem segredos e a paixão floresça e refloresça. Que na escuridão encontremos o amor, e o mesmo nos guie até o eterno. Que nós desfrutemos de nossa natureza carnal.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Pandemônio.

A calmaria se cala diante a maré de tormento. Dissipação por pequenos fragmentos que corroem. Apenas sinto a atmosfera mórbida e enferma. Ouço a voz bela, aguda, lírica e aterrorizante se aproximando e bradando aos quatro ventos a sua crueldade. Colocando à força sentimentos que abomino, me engasgando e fazendo vomitar as palavras podres. Eterniza a guerra entre alma, espírito, corpo e mente. Os dias de alegria chegaram ao fim. Tudo de repente ficou tão frio... Os flocos de neve surgiram. Anuncia! Anuncia que os dias tristes chegaram. Traja-se de luto, aprecie o canto agoniado dos anjos, chore e enlouqueça conosco. Deixe que as vozes façam o restante, o que tu não fizeste por temer. Eis a hora em que se deve deixar as nuvens chorosas ganharem território, a insanidade florescer dentro de ti. Venha para a escuridão e lembra-te de teu amado vilarejo. Padeça, morra conosco, depois renasça.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Flor Campestre.

Nasci com o espírito de Ares. A beleza de Afrodite. Sou como Hestia, tenho o fogo ardendo e consumindo-me cada vez mais, me fazendo ter sede de poder. Não temas... Sou rústica, mas meus sentimentos são delicados como uma orquídea. Me considere indomável, selvagem e liberta. Escrevo minhas histórias com gotas de sangue. E a partir deste momento comporei os quadros do medo com a coragem, a garra, a liberdade, sendo eu mesma.

domingo, 29 de julho de 2012

Pedaços de Madrugada. (1)

Tomando um saboroso cálice para tentar apartar por alguns instantes as vozes que tanto me atormentam. Não os dou ouvidos, mas eles me observam. Raciocínios que se afloram na madrugada, na noite mal dormida, nos olhos cansados que ficam mais aguçados a cada hora gasta acordada. A aparente solidão às vezes é boa, relaxante... E assim, a Lua, as estrelas e o longínquo céu azul marinho me contam suas histórias, me dão seu ar puro, me mostram sua beleza e fazem esquecer todo o cansaço. Realmente me tornei cativa da beleza da noite, de seus olhos brilhantes, seus abraços confortáveis, seus beijos quentes apesar do ar gélido. Cada gota de orvalho... Veja! Amanheceu novamente. Será que sonhei outra vez? Mas sinto as palpitadas do amor em meu peito, como à algumas horas antes. Tenha certeza de que hoje lhe verei mais uma vez. Me espere sem falta, meu círculo agradavelmente vicioso, meu amor.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Mar de Sépia.

Fascina-me, encanta-me outra vez. Como antigamente e até pouco tempo atrás. Cativa-me até ficar totalmente entorpecida, sem voz, sem sentido e sem reação. Óh escuridão, como podes ser tão bela? Olhar de criança inocente e pensamentos criando asas para voar. Óh escuridão, tão misteriosa. O refúgio para todos os meus "mundos". Triste, antigo e apartado vilarejo, sinto o vento uivar... Que lindo fim de tarde, ela está a se aproximar. Dizime meu coração petrificado até cessar em pó, para que tu o remolde à sua maneira. Faça como tu fizeste com a Fênix... Me renasça, me faça viver contigo outra vez. Doce criança, podes ver o alaranjado do céu comigo? Podes sentir o que eu sinto? Linda paisagem... O mar está gritante hoje. Óh escuridão, estou a te esperar, assim como um filho volta ao seio de sua mãe. Cante uma bela canção, dance comigo, apenas hoje... Pela última vez.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Aéreo Confortante.

E tranco no meu quarto todas as poesias, as palavras ditas, pensadas, jogadas fora numa droga de papel amassado. E tranco no meu quarto as decepções, meus defeitos e o meu falho eu... Não leve a mal eu só escrever por linhas tortas e desajeitadas, as cambaleadas pelas esquinas, pois minha natureza se encontra assim. Pois minha natureza... Eu tranco no meu quarto. Só quero deixar esse sorriso amarelo, esse olhar frio e minha cara morta tomarem conta de mim. Meus anseios e medos me consumirem, a meia luz me agradar, minha imaginação fluír e dançar alegremente. Deixar que lá, anjos e demônios lutem pelo o meu coração, que com tantos arranhões, ainda continua valendo mais que ouro e prata. Quero deixar que a beleza daquele mundo agrade meus olhos inchados e cansados, que permaneça tudo como está, naquele lindo e triste vilarejo tingido em sépia. Não perturbe, por favor.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Campo de Girassóis.

Ele está alí, além das montanhas pontiagudas, dos vastos pântanos e florestas fechadas. Além dos campos de girassóis. A mágica, o furor, o ar puro de se respirar. Inspirar, expirar, exalar e fazer com que tudo seja mágico, magnífico. Ele está alí, cruzando as paredes do orgulho. Passeando ao seu redor. O estopim de todas as preocupações e alegrias. A faca de dois gumes cravada em ambos corações, corações que sussurram segredos um para o outro. O pacto de sangue, as juras, o beijo apaixonado, o esperado amor.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Favo de Mel.

Só me faça carinho até eu cair no sono, me cante uma canção de ninar, só me abrace e beije minha testa, só olhe nos meus olhos e diga que nunca me deixará. E se uma lágrima cair no meu rosto, limpe-a e apenas me beije... Você, eu e mais ninguém para nos impedir. Passando dias solitários à dois. Esperando os corpos envelhecerem e o amor permanecer. O anseio de um futuro tão longe, tão próximo, onde o mútuo sentimento mesmo com as forças já gastas, permanece firme. O ilusório "para sempre" que teimamos em acreditar que realmente seja verdade. Cheiro adocicado, flores de cerejeira, tons pastéis, serenidade... Pele aveludada, corações puros, sentimentos sinceros. Estou nadando mais e mais para seus braços, enfeitiçada, não há nada a fazer. Apenas me render a esse sentimento que toma-me inteiramente por dentro. Não haverá nada a fazer... Render-me-ei então.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Dias cinzas.

O som da chuva, que lindo... Como nunca percebi antes? O som dos pássaros cantando em minha volta depois de uma furiosa tempestade. O som que me deixa anestesiada, encantada pela profundidade de tamanha beleza. Esses dias cinzas... Como a natureza é bela, divina... Seu equilíbrio, sua doçura, sua revolta, sua natureza.

domingo, 3 de junho de 2012

Clamor à Poseidon. (1° Parte)

Por ter se distanciado de sua casa e acabando distraíndo-se com a linda noite estrelada que fazia, Cordélia acabou perdida em meio a uma vasta floresta sombria e ouvira um sussurro de uma criança. Sussuros que ficavam evidentes o medo e o desespero da mesma. -Espere criança, não lhe farei mal! Espere!- É só o que conseguiu dizer. Ela está visualmente enfraquecida, mas conseguia correr absurdamente rápido. Quando de repente sentiu a presença dela e estranhamente uma aura que a fez sentir os monstruosos sentimentos da pequena criança de cabelos longos e negros a qual só conseguiu ver isso. Cordélia estava percebendo que a aparente menina não era normal e isso a assustou. A moça correu, correu e se afundou dentro das folhas verdes e molhadas causadas pelo sereno da madrugada. A caminhada não parecia ter fim quando, num piscar de olhos, num descuido, a pequena criança que lhe aparecera há algumas horas antes, surge em sua frente com seus cabelos negros, pele e olhos brancos como a neve. A verdadeira aparência de um cadáver. Cordélia ficara congelada mediante a tanta beleza e obscuridade do ser em sua frente. A criança coloca as suas mãos gélidas no rosto com temperatura agradável da garota e diz: "Não seja tola, não tenhas medo. Eu também não lhe farei mal. Apenas a levarei a um lugar seguro, onde os espíritos atormentados encontrarão paz...". Perto daquela floresta, era o leito da misteriosa criança e o mesmo lugar onde morrera. Cordélia, sem reação aceita o pedido e vai até o lugar prometido pela menina. Era um mar fundo e furioso, cheio de rochas pontiagudas esperando para ceifar outra vida. Codélia não teve o controle sobre seu corpo e quando se deu por sí, tinha se atirado naquele lugar aparentemente aterrorizante. Tinha acabado de cair nos braços de Poseidon, no leito das sereias e na imensa escuridão gelada onde, já calma e conformada com a paz que a morte repentina lhe trouxe, adquiriu seu descanso eterno. E lá, encontrou aconchego...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dama da escuridão.

Neve, neblina... E a Dama da Noite me espera. Ela quer dançar, cantar suas belas canções, me hipnotizar por completo. Vinho, sangue, luxúria. É tudo o que ela quer de mim. Exalando uma suave fragrancia, lembrando o cheiro de rosas que me atormenta nas noites mais frias. Neve, neblina... Escuridão... Meu lar, o lar dela. A onde ela gosta de estar. Pensamentos, trevas, silêncio... A voz dela.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

A menina que gostava de flores.

A luz da lua cheia se estende pelo tatami. Vestindo seu kimono, uma geiko que ser. Em frente ao espelho, arruma seus cabelos longos e pretos. A menina deseja ser mais que uma simples aprendiz... Terminando seu penteado, finaliza com hashis. Roupas bordadas, extremamente detalhadas estão à sua volta. Sob a supervisão de sua tutora, a menina misteriosa que gosta de flores, que teve seus sonhos roubados, sua infância, seus amores, cresce. Vira uma bela mulher que agora gosta da noite. De volta a sua casa, vai descansar. Tira seu kimono e aparecem curvas de mulher, mediante à um corpo cansado. "Tenho que parecer feliz" é a expressão que ela quer transpassar para todos. A garota cresceu, porém, seus sentimentos continuam os mesmos e por baixo de sua maquiagem, ela os esconde brilhantemente... Realizou seu sonho, mas perdeu sua vida. Agora vive para entreter os homens com sua expressão frígida. Almeja a perfeição diante de adornos, agora cega pelos seus caprichos, se envaidece. A menina sonhadora dentro da mulher triste, falece.

terça-feira, 27 de março de 2012

Pequeno coração.

Não chore pequenino coração, não lhe faça sofrer. Não chore pequenino coração, tão criança, ainda há tanto o que aprender. E ver... Que não está sozinho e tens um abrigo aqui, junto comigo. Como porcelana, se quebra facilmente. Cheio de cicatrizes e arranhões, respira fragilmente. Olhe ao seu redor, os que te amam estarão ao seu redor. Apenas espere o tempo passar... Seque suas lágrimas... O que realmente for seu, será.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Putrefação.

Ache-se em sua tristeza. Viva sua solidão. Perca-se em sua insanidade. Se renda e mate sua alma, suje sua essência, dilacere seus sentimentos. E por fim, morra em seu mundo de loucura.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Um mero desabafo.

Odeio estar de coração partido! Vendo minha própria decadência em exposição para todos verem... Os muros do orgulho estremecem. Então, um leve sussurro me diz: "não resista mais.", um pingo que logo após se transforma em um turbilhão de lágrimas, constante coriza e soluços contínuos. E os muros do orgulho desabam...

quarta-feira, 7 de março de 2012

O ciclo dos cálices transbordantes.

Meus olhos são como cálices de vinho, que transbordam sem cessar. Quando o cálice encontra-se vazio, meu coração derrama o líquido vermelho escuro, o transbordando de novo. Este mesmo líquido que escorre pelo meu rosto e para em minha boca. O mesmo faz com minha mente, cega meus olhos e me faz focar em somente uma pessoa, eu. Em minha inocência perdida e em meus sonhos invadidos... Um momento ruim, porém, preciso. Um sentimento eterno, presente em cada mortal, fazendo-nos acreditar no fim definitivo e ao mesmo tempo, na esperança, no recomeço. Estourando as veias da paciência, deixando fluírem descontroladamente o ódio e o desejo de vingança ao próximo e em meio à louças quebradas, artérias regeneram-se fazendo pulsar arrependimento e uma estranha calmaria. Quando chega a esse ponto, os cálices estão vazios e o ciclo tem que recomeçar.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O pensar.

Pensamentos são como se fossem um par de asas para voar bem alto, além de montanhas e das paredes de sua imaginação. É refletir sobre algo que te traz culpa, compaixão, complexidade, amor, interesse, luxúria, tristeza, alegria... Pensamentos são como vozes sussurrando em seus ouvidos, é apenas o seu verdadeiro "eu" dentro de você mesmo. O pensamento é o espelho da alma, um dom divino dado ao ser humano, um universo a ser explorado, a Caixa de Pandora esperando para ser descoberta dentro de você, o conflito eterno entre a paz e o tormento.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Seja.

Seja forte. Não caia. Não agrade a eles. Contrarie-os.

O monstro.

Orgulho, um monstro faminto, louco para devorar vidas inteiras. Arrependimento: o sucessor do orgulho e o que resta de você. Lembranças: que são atormentadoras. A sensação de perda, o conformismo, o sentimento estranho e que nunca poderá ser descrito... Tem horas que apenas o sentir não faz-lhe bem.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Tem vezes...

Que o simples é encontrado no complexo, o perfeito no imperfeito, o fácil no difícil, o bonito no feio. Mas também há vezes em que nós encontramos o imperfeito no perfeito, o complexo no simples, a traição na confiança e a tristeza na alegria. E o engraçado é que assim permanecemos (machucados e decepcionados).

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O grito do espírito.

Eu não me importo mais. Pense o que quiser, diga o que quiser, faça o que quiser. Definitivamente eu não estou mais me importando com que o não vale mais a pena. Não vou viver mais trancada dentro de minha solidão e perdida em meus pensamentos. Quero me libertar dos conceitos alheios e da pessoa que me tornei. Me tornarei anjo de luz e finalmente sairei das trevas e espinhos que tanto fazem meu coração sangrar. Estenderei minha mão e finalmente voarei até o paraíso que me espera, mesmo se for sozinha... Luzes brancas à minha volta, tons pastéis, libertação e finalmente paz...

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Minha ambição.

Exalando beleza, graciosidade, doçura e suavidade, ela toma meus pensamentos. Ninfa misteriosa e guardiã dos lagos e florestas, a qual eu fico a vagar sem rumo algum. Desejo lhe ter, senti-la, adorá-la e apreciar sua divina beleza de perto. Alvo de minha luxúria, de meus desejos mais remotos... Tu provocas a ambição em um pobre Sátiro como eu, e eu, me rendo mais e mais a tua angelical beleza. Filha de Zeus e dona dos meus desejos mais carnais...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Vento dos dias mornos.

Vento dos dias tristes, que refresca e me torna um ser cada vez mais reflexivo. Um ar tão puro que limpa e purifica-me. Que me faz ter esperanças, mesmo que passageiras. Vento das manhãs mornas e chuvosas, do pôr-do-sol e do anoitecer, vento que sopra e entra em meus pensamentos. Que sonda e acalma a tempestade de meu coração. Que sopra nas mais belas flores e em sua beleza, faz cair suas macias pétalas uma a uma. Enquanto minha alma grita, a sua canta. Enquanto meus olhos choram, os seus me vêem. Enquanto minha essência é suja e pecaminosa, a sua é pura e divina.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Não temais à mim.

Sou morte, mas também sou vida. Sou libertação. Sou cura. Estou em teus sonhos mais obscuros, em seus pensamentos, em suas palavras, em sua mente. Estou fluindo em suas veias, estou presente no ar que entra em seus pulmões. Sou o sussurro em teus ouvidos e o vento que te sopra. Estou no cálice em que tu bebes e no pão que alimenta-te. Mas digo, não me temas, não sou mal. Sou bom, mas o que me torna mal são as mentes dos que não me conhecem... Invoca e me conhecerá e verás que não sou mal. Sou deusa da morte, sou Mors.

Conflito interno.

Me sinto tão exausta... É como se eu tivesse desmaiado à pancadas e acabado de acordar. Meu semblante sempre é o mesmo: Olhos cansados e uma expressão superficialmente calma. Uma expressão que esconde muito bem meus sentimentos, anseios, angústias e metas. Tão calma que chega a me assustar... Sinto que estou fora de mim. É tão bom se sentir assim, mas sinto que essa expressão passageira se tornará fixa e não quero me esconder e nem me enganar... Mas aí eu paro para pensar... Será que essa "nova eu" serviria como uma "droga" para amenizar a dor de um pobre coração partido? Se for assim... Permanecerei assim, mesmo que destrua completamente o meu espírito.

Eterna. (2)

E quando a essa dor acabar e essas lágrimas secarem, será quando eu estarei debaixo de sete palmos de terra, fria e putrificando.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Sem inspiração.

Estou simplesmente sem inspiração para escrever ou criar qualquer coisa fútil que alimente o meu ego, ou que apenas possa satisfazer uma alma perdida feito a minha. Talvez seja pelo tempo nublado, os pássaros que não cantam mais pela manhã, ou então pelo ar poluído, ou então, para ser franca, pelas palavras poluídas que saem de nossas bocas. A falta de respeito, a incompreensão e principalmente a falta de amor. Isso não me dá inspiração alguma. Isso faz com que eu me sinta sufocada em um mundo de mentirosos, hipócritas e egoístas. Maldita natureza humana! Nós estamos deixando o mundo podre e o que mais me decepciona é que estamos conseguindo conviver no lixo... Se formos parar pra pensar, somos os seres mais imundos.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Pergunta retórica.

Será que é possível se afogar em seus próprios sentimentos?

Algum dia...

Um dia, aliás, um belo dia, espero que minhas palavras mudem a vida de alguém e se não mudar, quero que minhas palavras às conforte, que entenda e compreenda um coração ferido, que preencha um coração vazio ou que apenas elas "pensem e falem" o que o leitor sentiu e não falou. Quero que a cada verso que escrever, um coração se abra, um coração se quebrante, um coração se alegre, olhos sejam abertos e que ouvidos se aguçem. Quero que minhas palavras sejam como pluma para um corpo cansado se deitar, que seja um torniquete para uma ferida aberta, um ar puro para se respirar.

Lacrimosa.

Lacrimosa dies illa. Qua resurget ex favilla, judicandus homo reus. Huic ergo parce, Deus pie Jesu domine, dona eis requiem. Amen.

domingo, 15 de janeiro de 2012

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Um pequeno conselho.

Aprenda uma coisa. Todos nós somos fracos, todos somos tolos, todos somos extremamente vulneráveis e todos nós somos iguais. Mas não é só porque somos fracos, tolos e vulneráveis que não podemos tentar de novo, sermos corajosos e (pelo menos) tentarmos ser "fortes" e preparados para a vida. A vida é linda quando a soberba, a inveja e a insegurança não fazem parte dela. Lembre-se disso. Você pode, você consegue.

Monótono.

Tédio, impaciência, fadiga, aí vem a nostalgia, a saudade, a tristeza, as lágrimas. Depois um sorriso estranho, um olhar cabisbaixo, um olhar para alto, um olhar para o nada e mais olhares jogados fora. Aí o cansaço, o sono, a fome, o tédio, impaciência… Um verdadeiro ciclo todos os dias.

Desperta-te.

Acorde, inove, refaça e dê vida às sua ideias e sonhos novamente.

Sem mais.

Não existe só morte física. Às vezes a morte pode estar presente na ausência, na carência extrema, na saudade, nos pensamentos, na tristeza, na falta de aceitação. Daí então possa acontecer a morte física. O bom de não estarmos mortos é que vivemos. E isso basta.

Peço-lhe desculpas.

Infelizmente, de uns tempos pra cá estou sendo uma pessoa vazia, insegura de si e confusa… Me desculpe se te desapontei.

Suculento veneno.

Esse sentimento me faz sofrer, me faz rastejar na lama, me faz passar humilhação e auto-despreso se possível, para dar o melhor de mim para você... Mas mesmo tendo esse despreso ao amor, eu o preso, pois não importando o que nos espera pela frente, ele nos uniu e devo muito a ele por isso. Amor... Um dos venenos mais doces e mais eficazes, onde todos nós estamos sujeitos a nos embriagar.

Essa não sou eu.

É como se estivesse ausente de mim mesma. Como se o meu "verdadeiro eu" não existisse mais. É estranho... Eu sei... Mas, mesmo assim, sinto-me mais leve. Mas, sutilmente carregando um fardo impreciso, que não era pra ser meu.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Confissão.

Eu confesso, estou me esforçando ao máximo, mas está sendo inevitável. Confesso que quis carregar todo o fardo sozinha, e agora olha como me encontro?! Amargurada e profundamente arrependida! Eu preciso de alguém que possa me tirar daqui. Que possa me tirar desse inferno que eu mesma dei a vida. Eu preciso de uma luz.

Clamor à Poseidon. (2° Parte - Final)

O silêncio mata-me por dentro. A calmaria de um profundo oceano afoga-me. Por onde olho só há uma imensa escuridão. Me sinto acomodada aqui, mas com uma enorme vontade de retornar à terra firme. Sozinha, num lugar aterrorizante, mas um amor imenso a este lugar. Aqui foi onde me reencontrei e aqui que me deitarei e dormirei em um sono profundo, deixando as ondas verdes me levarem acompanhada de uma lua cheia e uma brilhante constelação. Por isso peço-lhe: Afoga-me! Afoga-me! Afoga-me mais e mais, Poseidon! Me deixe passar o resto de meus dias nesta escuridão gelada, neste prazer solitário. Sentindo o salgado gosto dessas àguas.

Vai, minha tão esperada alegria...

E, quando finalmente chega a minha tão esperada e preciosa felicidade, ela se vai. Ultimamente a minha felicidade está tão passageira, supérflua, superficial e tão insatisfatória que, as coisas vão ficando sem sal, sem cor, sem graça. Literalmente. Eu não sei se o problema de não conseguir ser feliz é meu ou se eu já caí na mesmice da tristeza que até me acostumei. Seria possível uma pessoa se prender à sua própria tristeza? Porque, quando eu não estou triste, parece que nem falar e pensar eu sei direito… Vai, minha preciosa! Toma teu ciclo. Vá viver a onde tu mereces real importância. Porque, se tu ficares, não saberei o que fazer. Por isso vá! Ficarei bem com minha tristeza e com essa enorme lacuna em meu peito. Volte quando sentires saudade. Lhe esperarei o tempo que for, mas, quando estiveres aqui, não fique muito tempo. Lembre-se de que a tristeza me domina.

Sem saída.

Me sinto presa a uma barreira que eu mesma criei. A uma corda amarrada em meus pés e mãos que me impedem d'eu me libertar. Alguma coisa que não pode ser arrebentada ou quebrada tão facilmente.