quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Pandemônio.

A calmaria se cala diante a maré de tormento. Dissipação por pequenos fragmentos que corroem. Apenas sinto a atmosfera mórbida e enferma. Ouço a voz bela, aguda, lírica e aterrorizante se aproximando e bradando aos quatro ventos a sua crueldade. Colocando à força sentimentos que abomino, me engasgando e fazendo vomitar as palavras podres. Eterniza a guerra entre alma, espírito, corpo e mente. Os dias de alegria chegaram ao fim. Tudo de repente ficou tão frio... Os flocos de neve surgiram. Anuncia! Anuncia que os dias tristes chegaram. Traja-se de luto, aprecie o canto agoniado dos anjos, chore e enlouqueça conosco. Deixe que as vozes façam o restante, o que tu não fizeste por temer. Eis a hora em que se deve deixar as nuvens chorosas ganharem território, a insanidade florescer dentro de ti. Venha para a escuridão e lembra-te de teu amado vilarejo. Padeça, morra conosco, depois renasça.

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