quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Azul.

E pintaremos as telas da vivência de um tom trágico, com toda a leveza da tinta da incerteza. Admirando o rei tempo e sua longevidade, tão distante aos olhos da nossa verdade, que acabamos por pensar que somos os exilados da aclamada corte. Brindando aos fracassos, exterminando qualquer traço de aconchego. Gostamos é do ócio! Da ira! Do sentimento em sua forma mais incômoda e genuína. Da beleza do azul, do gosto do cru, das expressões mais borradas, das mentes atormentadas. Comporemos um retrato do interior onde nada mais viveu, somente, por pouco tempo, sobreviveu. Transferir os reflexos, dentre esboços e gritos no vazio. Expor o caos permanente. Por fim, carregar o destino que agradava anteriormente. Enfim, apreciando. Mergulhando. Afogando. Retornando. E a tela continua em branco.

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