terça-feira, 3 de setembro de 2013

Asas Inválidas.

Voe, apenas voe e não olhe para trás. A escuridão não te alcançará, mas para que permaneça assim, nunca se canse, nunca pare. Mantenha a chama acesa, alimente o fogo da alma. Dance com a luz e deixe que eu me conforte no desalento. Mergulhe em mares profundos e deixe que eu me afogue nas lágrimas de tons marinhos. Faça o que eu não fiz por temer. Conheça mundos agradáveis, seja pluma, seja doce, seja suave, seja acalento. Não te preocupes, não permitirei que ela venha sobre ti. Sacrifico-me por ti. Se traje de seda pura, ao divino som da Harpa de Ouro. O céu está ansiando pela sua presença, o ar, os anjos, o belo alaranjado do fim de tarde. Apenas voe, não me espere. Assuma sua auréola. Me deixe em terra firme, na barreira entre os espíritos livres e os aprisionados.

2 comentários:

  1. Maravilhoso...! Este poema me fez pensar...

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    1. Obrigada mais uma vez =). Que bom que lhe fez pensar. Na verdade tudo o que escrevo tem um quê de reflexivo, algum mistério implícito à ser desvendado.

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