sexta-feira, 6 de julho de 2012

Aéreo Confortante.

E tranco no meu quarto todas as poesias, as palavras ditas, pensadas, jogadas fora numa droga de papel amassado. E tranco no meu quarto as decepções, meus defeitos e o meu falho eu... Não leve a mal eu só escrever por linhas tortas e desajeitadas, as cambaleadas pelas esquinas, pois minha natureza se encontra assim. Pois minha natureza... Eu tranco no meu quarto. Só quero deixar esse sorriso amarelo, esse olhar frio e minha cara morta tomarem conta de mim. Meus anseios e medos me consumirem, a meia luz me agradar, minha imaginação fluír e dançar alegremente. Deixar que lá, anjos e demônios lutem pelo o meu coração, que com tantos arranhões, ainda continua valendo mais que ouro e prata. Quero deixar que a beleza daquele mundo agrade meus olhos inchados e cansados, que permaneça tudo como está, naquele lindo e triste vilarejo tingido em sépia. Não perturbe, por favor.

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