quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Através Da Janela.
Pobre coração. Enjaulado pelo concreto, reprimido pelos poréns... Alguém consegue escutá-lo em meio ao tão incessante barulho? Tão ingênuo, bondoso. Grande demais para caber nele mesmo, ansioso demais por estrelas que nunca aparecem. Nem o barulho da chuva o conforta mais. Nem as lembranças o acalenta... Sensível demais para os corações de pedra que o cercam, sozinho demais para ser percebido.
domingo, 29 de setembro de 2013
Sangria.
Deixe ele esvair, sinta queimar! Sinta sua carne morrer pouco à pouco. Deixe ele ser livre. Liberte-o da prisão do óbvio, enquanto ela se aproxima de ti. Não se espante... Afinal, não almejava tanto a libertação?! Retorne às cinzas. À aquele triste dia chuvoso. Onde as nuvens choraram com teu coração, e os trovões bradaram a sua dor. Padeça, num breve momento de extrema sensação de vida. Vamos... Deixe ele escapar das grades que o aprisionam. Putrifique. Junto com toda a escória de sua essência.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Asas Inválidas.
Voe, apenas voe e não olhe para trás. A escuridão não te alcançará, mas para que permaneça assim, nunca se canse, nunca pare. Mantenha a chama acesa, alimente o fogo da alma. Dance com a luz e deixe que eu me conforte no desalento. Mergulhe em mares profundos e deixe que eu me afogue nas lágrimas de tons marinhos. Faça o que eu não fiz por temer. Conheça mundos agradáveis, seja pluma, seja doce, seja suave, seja acalento. Não te preocupes, não permitirei que ela venha sobre ti. Sacrifico-me por ti. Se traje de seda pura, ao divino som da Harpa de Ouro. O céu está ansiando pela sua presença, o ar, os anjos, o belo alaranjado do fim de tarde. Apenas voe, não me espere. Assuma sua auréola. Me deixe em terra firme, na barreira entre os espíritos livres e os aprisionados.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
O Lugar Esquecido.
Não importa o que turva teu coração, dificuldades sempre aparecem e irão aparecer. Seja hora morbidez, hora alegria, mas os sentimentos serão experimentados... Um a um. Um dia, sinta o vento gelado esfriando, ressecando e queimando tuas bochechas coradas. Outro dia, sinta o sol iluminando seu lado mais tenebroso e obscuro. O lugar esquecido. Observe aquela brecha, pequenina, miúda, onde os monstros e fantasmas escapam. Medo, horror, nostalgia, sentimentos... Os malditos foram libertados.
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Lamparina.
Segredos ecoam sobre a atmosfera densa, obscura. Ela acendeu sua lamparina. Mergulhou no misterioso. Sob a visão do desconhecido, a meia luz assustou e cruelmente reprimiu. Podia-se escutar preces sendo feitas. Então a fé se aguçou dentro dessa dimensão. E o escuro brincou com sua frágil vítima, o ponto de luz assustado e perdido no meio de seu exército imponente. O jogo ficou divertido quando ela respirou ofegante mediante ao medo. Ele a deixou em paz... Mas só por alguns instantes. Enquanto isso, ele procura mais alguém para se deliciar torturando lentamente... Agora, acenda sua lamparina... Pois chegou a sua vez de brincar.
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Coral De Anjos.

sexta-feira, 5 de abril de 2013
Visão Concreta E Carregada.

segunda-feira, 1 de abril de 2013
Época. (Versão Original)

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